LASERTERAPIA

Atualmente, o uso do laser na urologia já é considerado um procedimento corriqueiro, sendo utilizado no tratamento de diversas doenças urogenitais, desde condilomas venéreos, até tumores malignos do sistema urinário. Mas sem a menor dúvida, a aplicação mais comum é no tratamento dos cálculos urinários (pedras) e de hiperplaia prostática benigna. Assim, é possível operar o paciente sem fazer grandes incisões abdominais, obtendo-se os mesmos resultados funcionais da cirurgia aberta, além de acarretar um baixíssimo trauma cirúrgico para o paciente, causando quase nenhuma dor, alta hospitalar e retorno às atividades precocemente e excelente resultado estético. Hoje, o laser é considerado o tratamento de eleição para cálculos localizados no ureter superior e dentro do rim. O uso do laser é feito através de um ureteroscópio flexível, o qual é introduzido no ureter sob visão direta e radioscópica

Trata-se de um procedimento minimamente invasivo (endourologia), não requerendo anestesia geral, nem incisão na pele. O tempo médio de cirurgia é de 1 hora e o paciente fica internado em média 1 dia.

O laser mais utilizado na urologia é o Holmium-Yag laser, o qual tem uma duração de pulso de 350 µsegundos e um poder de penetração menor de 0.5 mm, tornando este o ideal para o uso urológico. A energia é liberada através de uma fibra, a qual é introduzida no canal de trabalho do ureteroscópio flexível.

Seu mecanismo de ação é basicamente fototérmico, causado por uma onda de choque acústica que acarreta na formação de pequenas bolhas de ar que eclodem e fragmentam os cálculos (pedras)

A potência utilizada para fragmentar os cálculos, depende do tamanho, localização e composição dos mesmos, podendo variar de 4-20 watts (figura 3).

Quando comparado com a litotripsia extracorpórea, o laser apresenta diversas vantagens no tratamento dos cálculos renais. Podemos citar a melhor resolutibilidade nos casos de cálculos complexos, taxas de sucesso maiores (livre de cálculos) em tratamentos em única sessão e tratamento de cálculos em rins que apresentam algum defeito anatômico. Importante ressaltar que a ureteroscopia flexível com laser, é o procedimento de eleição para cálculos localizados no cálice renal inferior.

Finalmente, este procedimento é considerado bastante seguro, apresentando uma taxa de complicações muito baixa. Além disso, o resultado estético é excelente, pois não há incisões na pele e a recuperação dos pacientes é muito rápida, permitindo a volta às atividades habituais com 2-3 dias.

ABLAÇÃO COM LASER VERDE PARA O TRATAMENTO DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA
Green light laser, KTP-laser ou simplesmente laser verde. Trata-se da mais nova descoberta da medicina para o tratamento da hiperplasia prostática benigna. Tal laser se caracteriza pela emissão de um raio que é capaz de vaporizar o tecido prostático com altas temperaturas (acima de 100 graus), sem causar sangramentos. Além disso, a profundidade de penetração do laser no tecido prostático é baixa (2mm), diminuindo assim a ocorrência de sintomas urinários irritativos no período pós-operatório.

Tal cirurgia é realizada por via endourológica, utilizando um cistoscópio modificado, que permite a passagem da fibra do laser por seu canal de trabalho.

Sendo assim, vários pacientes que previamente não tinham condições de serem operados por via aberta, laparoscópica ou mesmo por ressecção transuretral da próstata, agora podem ser operados com o laser verde e se livrarem dos sintomas urinários irritativos e obstrutivos. Dentre estes, as principais indicações do uso do laser são para os pacientes que estão em uso de anticoagulantes e nos portadores de marcapasso cardíacos



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