INFECÇÕES UROLÓGICAS

Várias são as infecções que podem acometer o trato urogenital. São subdivididas em infecções urinárias e sexualmente transmissíveis (DST). Dentre as urinárias, as mais comuns são as cistites, as pielonefrites e as prostatites. Já dentre as DST, as mais comuns são as uretrites, as orquiepididimites e as prostatites.

As infecções urinárias são causadas principalmente pela E. coli, proteus, klebsiella e enterococos. Quando acometem apenas a bexiga, são chamadas cistites e quando atingem os rins, chamam-se pielonefrites. As cistites geralmente causam dor ao urinar, além de micções freqüentes. As pielonefrites são mais sérias, podendo causar calafrios e febre alta, com necessidade de internamento para tratamento com antibiótico injetável.

São tratadas com antibióticos orais ou injetáveis por tempo variável, dependendo do tipo de infecção e gravidade do caso.

As DST são adquiridas na grande maioria dos casos através do contato sexual com pessoas portadoras da doença. A mais comum é a uretrite, que se caracteriza por ardor uretral e saída de secreção pela uretra. Quando não tratadas ou tratadas inadequadamente, podem evoluir para orquiepididimites e prostatites, causando problemas sérios, como abscessos testiculares e infertilidade. Os germes mais comuns são o gonococo, micoplasma, ureaplasma e clamidia.

São tratadas com antibióticos específicos para o germe causador e a relação sexual é proibida até se obter uma comprovação da cura.

Além das DST comuns, existem ainda o herpes genital e o papiloma vírus humano (HPV).

O herpes genital é causado pelo vírus do herpes simples. Geralmente o diagnóstico é clínico, onde observamos lesões bolhosas únicas ou agrupadas em alguma parte da área genital. Não existe cura definitiva para este vírus. O tratamento local ou sistêmico é apenas paliativo.

O HPV também é um vírus que é transmissível sexualmente. Existem vários subtipos, mas os mais importantes são os subtipos 16 e 18, pois estes têm o poder de desencadear câncer peniano (foto abaixo) ou de colo de útero nas mulheres. Existem 3 apresentações clínicas do HPV, mas as mais importantes são as formas visíveis (condilomas) e a forma sub-clínica (invisível a olho nu). O diagnóstico definitivo é feito pela penioscopia. Este exame é realizado com uma lente de grande aumento, após a aplicação de ácido acético à 5%. O local mais comum da presença do HPV no homem é no pênis, principalmente no prepúcio. Assim, nos casos de HPV no prepúcio, o melhor tratamento é a postectomia (cirurgia para fimose). Para outros casos, o HPV pode ser tratado por aplicações tópicas de podofilina, ATA ou com cremes à base de 5-fluorouracil.


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Lesões bolhosas herpéticas em pênis

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Câncer peniano decorrente da infecção pelo HPV